sábado, 3 de setembro de 2011

Médicos pedem rigor para carteira de motociclista

Em dez anos, os atendimentos pré-hospitalares a vítimas de acidentes com motos aumentaram 148,6% na cidade de São Paulo, de acordo com números divulgados pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Em 2010 foram 18.081 ocorrências contra 7.271 atendimentos em 2001. O mais preocupante nos dados divulgados neste início de semana é que os acidentes costumam aumentar em mais de 50% no segundo semestre do ano. 
Na tentativa de mudar este cenário, o I Fórum Saúde e Trânsito, realizado em junho, sugeriu a formação de direção defensiva e exame de habilitação adequado às condições de trânsito que serão enfrentadas pelos motociclistas, com maios rigor na primeira habilitação. Outra sugestão é criar categorias na habilitação de motociclistas e especificar a velocidade máxima de circulação das motocicletas de acordo com as características de cada via.
A discussão, por enquanto, é teórica pois são poucas as medidas efetivas que tenham sido adotadas no País com o objetivo de acabar com o extermínio de motociclistas que assistimos nas grandes cidades brasileiras. Em São Paulo, capital em que o problema se agrava, conforme os números expressos no trabalho desenvolvido pelo HC, houve alguns ensaios sem nenhum convicção por parte da prefeitura na tentativa de reduzir o número de acidentes e mortes de motociclistas.
Fonte: Fórum de Saúde no Trânsito(SP)


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

55% dos usuários estão insatisfeitos com transporte coletivo


O estudo sobre mobilidade urbana, divulgado, em 4 de maio, pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mediu o nível de satisfação com o meio de transporte utilizado pela população. Cerca de 55% dos usuários de transporte coletivo estão insatisfeitos e consideram o serviço "ruim", "muito ruim" ou "regular". Os mais satisfeitos são os que usam veículos motorizados individuais (87%), seguido dos não motorizados (a pé ou por bicicleta), com 75%.
Como características do que seria "um bom transporte", todos os tipos de usuários apontaram, como primeira resposta, a rapidez. O baixo custo foi a segunda resposta para aqueles que se locomovem a pé e de bicicleta, e o conforto foi apontado pelos usuários de carro.
Tanto os usuários de moto como os de transporte público apontaram a existência de mais de uma forma disponível do transporte como condição para sua boa qualidade.
A população, de acordo com o documento, precisa ser esclarecida quanto às características de cada modo de transporte em suas respectivas cidades. Além de ter direito à escolha do meio de transporte que quiser utilizar, "a população tem que ter acesso à informação para poder realizar esta escolha dentro dos critérios que considerar mais relevantes".
A pesquisa sobre mobilidade urbana foi feita a partir de entrevistas domiciliares feitas entre os dias 4 e 20 de agosto de 2010. Abrange 146 municípios e um total de 2.786 questionários válidos com 30 questões. Participaram apenas pessoas maiores de 18 anos.
TRANSPORTE
Segundo o estudo, 65% da população das capitais usa transporte público para se deslocar. Esse percentual cai para 36% nas cidades que não são capitais. Apenas 2,85% da população residente em capitais se locomove a pé no dia a dia. Já nas outras cidades, esse percentual sobe para 16,63%.
A bicicleta é o meio de transporte de 3,22% das pessoas que vivem nas capitais. Nas outras cidades, esse percentual é de 8,45%. A moto é usada por 5,5% da população que vive nas capitais e por 15% nas demais cidades. Em todos os municípios brasileiros, 23% da população adota o carro como meio de transporte.
ESTUDO
O estudo sobre mobilidade urbana faz parte de uma série chamada Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS). A partir deste e de outros estudos, o órgão poderá propor medidas mais adequadas para cada tipo de região. E, também, deixar a população mais esclarecida sobre os serviços e as possibilidades de transporte que são oferecidos.
Nas grandes cidades, por exemplo, o governo poderá aplicar ações que motivem as pessoas a deixarem o carro na garagem e usar o transporte público. E em pequenas cidades, estimular o uso de bicicletas ou o hábito de andar a pé quando a locomoção for por pequenas distâncias.
Fonte: site do UOL, publicada em maio deste ano.