Em audiência pública realizada na tarde desta segunda-feira, 19, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) iniciou as discussões a respeito do processo licitatório do transporte público. Na ocasião foram discutidas questões a respeito da participação de empresas nacionais no processo de contratação, e de um novo sistema moderno que atenda as necessidades da população da capital sergipana.
De acordo com o Superintendente da SMTT, Antônio Samarone, esse processo é um avanço para Aracaju. “Trabalhamos 50 anos sem licitação, e a adoção deste modelo de contratação permite que a sociedade possa controlar e acompanhar o funcionamento do sistema de transporte”, informou.
Samarone ainda destaca que a partir da audiência realizada hoje, a população pode fornecer sugestões e reclamações que serão avaliadas, e posteriormente poderão ser incluídas na licitação. “A Prefeitura quer oferecer o melhor modelo de transporte público, e um exemplo desta iniciativa, é a construção de corredores exclusivos para a passagem dos ônibus. Essa é uma proposta que queremos implantar em todas as vias”, contou o superintendente.
Movimento 'Não Pago'
Lutando pela qualificação do transporte público em Aracaju, o movimento 'Não Pago', composto por 28 entidades, dentre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Sergipe (SINDISERJ), estava presente na audiência pública.
Flávio Marcel, coordenador de imprensa e comunicação do movimento, afirma que inicialmente foram formuladas algumas propostas para tentar viabilizar a melhora do sistema público de transporte. “Queremos que a administração pública aceite pelo menos algumas restrições e permita a participação de algumas empresas que têm problemas trabalhistas, por exemplo. Além disso, estamos discutindo a questão da acessibilidade, para tentar colocar em prática algumas propostas já adotadas no Rio de Janeiro”, disse.
O presidente do SINDISERJ falou sobre a importância da audiência e enfatizou que o movimento não pode parar de realizar mobilizações. “É preciso que essa transparência que está ocorrendo agora tenha consequência no futuro. E é por isso que uma de nossas propostas diz que, posteriormente, seja criado um conselho que tenha participação de entidades e da sociedade civil organizada para fiscalizar o sistema, de modo que os direitos dos usuários sejam priorizados”, ressaltou.
Fonte: Portal Infonet (Monique Garcez e Ricardo Gomes)