sábado, 2 de fevereiro de 2013

Preço do combustível já muda hábito de motoristas

O manobrista Amilton Aparecido da Silva, de 27 anos, já percebeu a mudança de hábito que o aumento da gasolina pode causar nos motoristas em Curitiba. Na quarta-feira (30), o governo federal divulgou o aumento de 6,6% no litro da gasolina nas refinarias. Para o diesel, o reajuste ficou em 5,4%.

“Um advogado preferiu deixar o carro dele ‘dormindo’ aqui no estacionamento e voltar de carona com um amigo por causa do preço da gasolina. Eles combinaram de fazer um revezamento para economizar”, contou Silva, que trabalha em um estacionamento no Centro Cívico, bairro com vários edifícios comerciais na capital paranaense.

Para o taxista Bruno César Tonon, de 24 anos, que diariamente roda as ruas da cidade, o aumento do preço do combustível é inviável. “Acho um absurdo, ainda mais porque o valor da tarifa [do táxi] não foi reajustado. Tudo aumenta: gasolina, óleo, mecânico”, protestou. O taxista afirmou que os passageiros reclamam bastante do preço da gasolina e que ele evita usar o automóvel em função disso. “O meu carro mesmo eu acabo nem rodando muito”.

Em nota, a Petrobrás informou que, para a correção dos valores, a companhia levou em consideração a política de preços interna e externa em uma perspectiva de médio e longo prazo. Ainda segundo o governo, há quatro anos que o preço da gasolina não subia e, de 2006 a 2012, a variação foi 6%.

O cobrador de ônibus Dejalma Osnir dos Santos, de 36 anos, também sentiu a diferença de comportamento dos moradores da cidade já no fim de outubro de 2012, quando a gasolina subiu R$ 0,50 em alguns postos. “Na frente da estação-tubo, tem um espaço na rua em que as pessoas que trabalham por ali estacionavam os carros. Elas sempre pediam para eu dar uma olhada. Agora, elas não deixam mais, não vão mais de carro”.

Santos também percebeu outra mudança – o uso da bicicleta. “Muita gente trocou o carro por bicicleta. Eu vejo as pessoas chegando para trabalhar de bicicleta”, observou. Ele também relatou que houve um aumento na quantidade de usuários do transporte coletivo desde o reajuste do valor da gasolina em outubro. “Deu para notar mais gente no ônibus”, avaliou.

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis-PR), os postos de combustíveis de Curitiba devem cobrar até R$ 2,99 pelo litro de gasolina - variação de 4% nas bombas. Um dia após a autorização para o reajuste nas refinarias, alguns postos já praticam os novos preços. Isso ocorre, segundo o presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregonese, porque o empresário precisa angariar recursos para renovar o estoque que estará mais caro. Nas revendedoras, o litro da gasolina estará cerca de R$ 0,11 mais caro.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Lei Seca – endurecimento ou pirotecnia?

No dia 29 de janeiro houve grande repercussão da edição pelo Conselho Nacional de Trânsito da Resolução 432, que teria vindo para endurecer a popularmente conhecida por ‘Lei Seca’, com a divulgação que agora seria ‘tolerância zero’, e que essa seria a GRANDE NOVIDADE! Vamos fazer uma análise racional e não tão emocional.

Preliminarmente devemos reconhecer que o CONTRAN, ao contrário que faz em muitos casos, dessa vez agiu dentro da legalidade pois tem a competência para estabelecer tolerância nos exames de ingestão de álcool. A Lei 11705 de 2008 (Lei Seca) estabeleceu que ‘órgão do Poder Executivo’ estabeleceria tais tolerâncias, o que foi feito pelo próprio Poder Executivo através do Decreto 6488, o qual estabeleceu que seria de 0,1mg/l de ar até que outro índice fosse estabelecido pelo CONTRAN. Portanto, o CONTRAN pode fazer o que fez.

O problema é que a mudança trazida pelo CONTRAN nessa tolerância, pela forma que foi divulgada, deu a impressão que até então a tolerância era de um balde de bebida alcoólica, e agora o balde secou. Não é bem assim, e vamos tentar buscar imagens através das palavras. Imagine que um cálice de aguardente represente 0,1mg álcool por litro de ar, digamos para uma pessoa de 70kg de massa corporal. Significa que até dia 29 a pessoa que tomasse um cálice não seria autuado pela infração administrativa, e a partir de agora essa ‘tolerância’ passou a ser de ½ (meio) cálice, ou seja, 0,05mg/l ar. Convenhamos que a mudança não faz jus a pirotecnia gerada. Na parte criminal nada mudou, pois tanto antes quanto agora os três cálices caracterizariam o crime, além da infração administrativa. Portanto, na nossa ilustração, entre meio cálice e três cálices há infração administrativa, e a partir daí também o crime teria se caracterizado.

Em reportagens vimos voluntários ingerindo doces com licor, fazendo enxágue bucal, ingerindo medicamento homeopático e até padres com os cálices de vinho se submetendo a exames que apontaram resultados altíssimos. O problema é que nessas representações as pessoas fizeram o teste de forma contínua e quase simultânea a ingestão, com o chocolate ainda na boca. Obvio que nesse caso o que foi medido foi o álcool que havia na mucosa bucal, e não aquela que entrou na corrente sanguínea e por vaporização atingiu os alvéolos pulmonares para atingir a constante de 1/2000 da quantidade de álcool no ar alveolar em relação ao sangue, ou seja, 0,6g de álcool por litro de sangue equivalem a 0,3mg de álcool por litro de ar alveolar, mas para isso tem que se aguardar uns 20 minutos pelo menos, após a ingestão.

Fonte: Portaldotransito.com.br

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

SMTT leva palestras sobre educação para o trânsito a empresas

Com o objetivo de despertar a consciência daqueles que diariamente trabalham nas vias da cidade, a equipe de educação para o trânsito da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) realizou na tarde de ontem, 29, e na manhã desta quarta-feira, dia 30, palestras educativas na empresa Nordal Transportes, localizada no município de Nossa Senhora do Socorro, e na empresa Saraiva Transportes, no município de Carmópolis.

As palestras aconteceram durante a Semana Interna de Prevenção de Acidente de Trabalho (SIPAT) das empresas. Na Nordal a atividade foi conduzida pela educadora da SMTT, Selma da Mata, que abordou temáticas voltadas à segurança no trânsito e prevenção de acidentes. Já na empresa Saraiva, a palestra foi proferida pelo futuro coordenador de Trânsito de Aracaju, o capitão Cledyvan Siqueira, que tratou de direção defensiva para motociclistas.

Para a coordenadora de Educação para o Trânsito da SMTT, Mônica Liberato, as palestras geram conscientização e fazem com que as empresas se tornem parceiras na prevenção de acidentes. "As ações de melhoria de segurança no trânsito devem ser constantes e de forma intensiva e as parcerias só vêm a somar para atingir o objetivo de reduzir o número de acidentes", destaca a coordenadora.

Palestras

A equipe de educação para o trânsito realiza palestras sobre segurança viária também em escolas, centros comunitários e demais instituições, com linguagem devidamente voltada para cada público. Para solicitar a presença de educadores da SMTT basta entrar em contato com a coordenadoria de educação para o trânsito através do número (79) 3179-1450.

Fonte: Ascom/SMTT

Lei que exige aulas práticas noturnas no trânsito é vista com bons olhos

Dirigir à noite traz muitas complicações. A visibilidade é menor, os reflexos estão mais lentos, o tráfego é diferente, entre outros fatores adversos. Isso tudo aliado a inexperiência do novo condutor e a irresponsabilidade de alguns, pode ser uma combinação muito perigosa. Saber quando usar farol alto, farol baixo, ou como reagir caso outro motorista faça uso incorreto desses, são apenas algumas capacidades que devem ser desenvolvidas pelo condutor. Hoje em dia, o motorista precisa aprender essas coisas na prática, na rua, já habilitado. Em outras palavras, ele não aprende na autoescola. E a partir de maio, esse quadro deve mudar. 

Uma nova lei aprovada em março deste ano prevê a obrigatoriedade de aulas práticas noturnas em CFCs (Centro de Formação de Condutores). Apesar de sua implantação estar prevista para maio, ela ainda não entrou em vigor, apenas aguardando uma Resolução do Contran para regularizar essas aulas. É provável que o custo para tirar a habilitação aumente, já que será necessário um turno extra para os funcionários. As aulas, no entanto, são vistas com bons olhos. 

O instrutor teórico Marcelo Antônio Grzybowski, do CFC Cantu, em Foz do Iguaçu, no Paraná, apoia a nova lei. “A lei é boa, é preciso aprender a dirigir de dia e de noite”, disse Grzybowski. Mesmo assim, ele comentou que alguns cuidados devem ser tomados. “É importante que o aluno esteja acostumado com o carro de dia, antes de partir para noite. Ele deve estar mais seguro com a máquina antes das aulas noturnas”, completou o instrutor. Maria Helena Silva, proprietária do Cantu, acredita que não serão necessárias grandes mudanças para se adaptar à nova regra. “Não será preciso muita adaptação, só haverá um maior custo pelos funcionários. Terá um aumento, afinal será um turno a mais”, disse Maria Helena. 

A importância dessas aulas é também reconhecida por Leandro de Souza Silva, diretor de ensino do CFC Jandaia, em Jandaia do Sul, no Paraná. Para ele, tudo que enriquece o conhecimento é positivo. “Sou a favor dessas aulas, a noite é uma condição adversa e deve ser dominada pelo condutor. Ele precisa ter um reflexo noturno na hora de dirigir”, afirma Silva. Ele ainda citou algumas mudanças que deveriam ser feitas. “Faltam inúmeras aulas, falta uma maior cobrança do Detran na qualidade da formação dos condutores”, completou. 

Parece ser um consenso entre especialistas no trânsito o fato de que ainda há muitas coisas para serem mudadas em relação à aprendizagem no trânsito. A nova lei ajuda, mas não basta. Para a especialista em trânsito Elaine Sizilo, a noite é apenas uma condição adversa, havendo muitas outras, como a chuva, granizo e neblina. Para que se tenha segurança, é preciso levar em consideração outros fatores. “Estudos comprovam que os acidentes de trânsito não são causados por apenas um fato isolado, mas por uma combinação de fatores, como chuva mais pneus gastos mais alta velocidade”, exemplificou Elaine. Isso tudo envolve a questão de direção defensiva. Marcelo Antônio Grzybowski também destaca a importância da direção defensiva. “Aulas práticas em direção defensiva seriam importantes, especialmente para motos”, disse Grzybowski. A especialista Elaine Sizilo ainda acredita que deveriam haver outros métodos de ensino. “O ideal seria contar com simuladores, programados de forma inteligente com o maior número possível de situações de risco do dia a dia no trânsito”, completou Elaine. 

A lei, proposta pelo deputado federal Celso Russomano, é mais uma modificação na formação dos condutores. No entanto, outras, como a obrigatoriedade de aulas em rodovias, já estão em vigor, mas não são cumpridas. 

Fonte: portaldotransito

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

SMTT garante direito de idosos e deficientes em estacionamentos

Afirmar o direito do idoso e do deficiente em poder estacionar nas vagas especiais é o um dos objetivos da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT). Com fiscalização intensiva, os agentes da mobilidade estão sempre nas ruas, impedindo que outras pessoas que não possuem autorização, ocupem as vagas de estacionamento direcionadas legalmente a quem tem mais de 60 anos e deficientes físicos.

Segundo a supervisora de trânsito, Leila Maria, os agentes sempre estão nas ruas para assegurar que todos tenham acesso as vagas como regue a lei. "Nossos agentes motociclistas sempre estão nas ruas, buscando visualizar quem está infringindo a lei.
 
Vamos até estacionamentos de supermercados, vias públicas e aplicamos as medidas administrativas necessárias. Nós também contamos com a ajuda das pessoas que denunciam através do Disk Trânsito, pelo nº 118 e nos avisam sobre alguma ocorrência", pontua.

Os estacionamentos em vagas especiais só são permitidos para pessoas que possuem a credencial oficial e permitida pelo SMTT. O documento é pessoal, intransferível e deve estar sempre no painel do veículo ou em um local visível do carro. Se for confirmado que existe outra pessoa que utilizou esse documento para estacionar em uma vaga especial, sem a presença da pessoa credenciada, o documento é imediatamente suspenso.

Segundo as resoluções 303 e 304/08 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), as vagas de estacionamento devem ser obrigatoriamente destinadas aos idosos e deficientes. Desta forma, todas as cidades brasileiras têm a obrigatoriedade de reservar 3% das vagas de estacionamento público para idosos e 2% para deficientes.

Documentação

A credencial para vagas especiais é específica para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos e pessoas com deficiência física, visual ou com algum tipo de síndrome. Para obter a credencial, é necessário cópias dos seguintes documentos: Registro Geral (RG), Cadastro de Pessoa Física (CPF), cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e comprovante de residência. Para as pessoas com deficiência, deve ser apresentado também o laudo médico constatando diagnóstico, Classificação Internacional de Doenças (CID), carimbo e assinatura do médico especialista.

A credencial pode ser adquirida no serviço de atendimento ao público, na sede da SMTT, rua Roberto Fonseca (antiga rua G), nº 200, bairro Inácio Barbosa, no horário das 7 às 17 horas e também pelo telefone 3179-1416 ou no Centro de Atendimento ao Cidadão (CEAC) do Shopping Riomar, de segunda à sexta, das 7h15 às 17:45 e sábado, das 7h15 às 12h45.

Infração

Ainda segundo o Código de Trânsito Brasileiro, Lei 9.503/97, em seu Art. 181, inciso XVII, estacionar em vagas para deficientes e idosos é infração leve, com três pontos na carteira de habilitação e pagamento de multa de R$ 53,20, para os motoristas que ocupam de forma irregular uma vaga especial. Em alguns casos, o veículo também pode ser removido do local.

Fonte: Ascom SMTT/AJU

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Motoristas acham que são prioridade e pedestres são impacientes

O problema de travessia de rua não é exclusivamente nosso. Outros países buscam contornar este conflito de uso do mesmo espaço, mesmo os mais desenvolvidos.
Mas, estes, há muito tempo deixaram de focar só na fluidez dos veículos e passaram a olhar mais as pessoas.

Estudos realizados no Reino Unido, Alemanha e Nova Zelândia reconhecem que a pressa e a ansiedade fazem o pedestre seguir de acordo com a própria conveniência.

Mas observam que medidas simples, como a redução do tempo de espera do pedestre e o sinal vermelho com contadores regressivos de tempo, ajudam a aumentar a percepção de segurança.

Os estudos indicam que os pedestres não resistem esperar por mais do que 30 ou 40 segundos. Hábitos são criados durante longos processos, por observação do que os outros fazem e por repetição.

Quanto mais confuso é o ambiente e mais indecifrável a regra a ser seguida, mais difícil é estabelecer padrões adequados de comportamento.

Os motoristas ainda acreditam que o carro tem prioridade no trânsito e a rua foi feita para eles. Os pedestres impacientes e apressados seguem seus próprios caminhos. Como reeducá-los? Usando os meios de comunicação de massa.

Os cruzamentos nas cidades brasileiras são ambientes construídos com a finalidade de atender às necessidades do fluxo de automóveis, o que levou a se criar 52 diferentes "modelos" de sinalização para os pedestres, dificultando o ensino das regras estabelecidas na legislação, que são muito simples.

Se já é difícil entender o que fazer num cruzamento, o pedestre terá, ainda, de esperar de 60 a 140 segundos para iniciar a travessia.

Como os estudos indicam, é difícil imaginar que alguém aguente esperar esse tempo.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Apesar de incentivos fiscais, venda de veículos caiu 5,7% em 2012 em SE

A redução no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) alavancou a venda de automóveis e comerciais leves, que registrou crescimento de 10,3%, 25,8 mil, no ano passado se comparado com os números da mesma categoria de veículos em 2011 em Sergipe. Apesar do esforço, o resultado geral da comercialização de veículos caiu 5,7% em 2012.

Os números informados pelo Boletim Sergipe Econômico, em parceria do Núcleo de Informações Econômicas da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) e o Departamento de Economia da UFS, revelam ainda que a venda total no ano passado foi de cerca de 49,5 mil unidades contra 52,5 mil em 2011.

Já a quantidade de caminhões e ônibus comercializados no ano passado recuou 11,3% e 7,2%, respectivamente.  Foram vendidos nesse período 1.575 caminhões e 221 ônibus no estado. A procura por motocicletas também foi menor, 19,2%, menor que em 2011, o que soma 21,8 unidades vendidas.

Fonte: G1