sexta-feira, 22 de junho de 2012

Forró: blitz já prendeu 20 condutores

Depois de quatro anos da Lei Seca a primeira mulher é presa por dirigir embriagada em Aracaju. “Ela estava tão bêbada que nem conseguia soprar o bafômetro e ainda ficou pedindo para ser presa”, informou o comandante da Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTRan), Fábio Machado. Segundo ele, a mulher cuja identidade foi mantida em sigilo, tem 37 anos de idade e foi abordada pelos policiais em uma blitz nas proximidades do Forró Caju. Ela estava acompanhada de uma amiga e o teste de bafômetro da infratora apontou um índice de 0,42 miligrama (mg) de álcool por litro de sangue. 

De acordo com o capitão Machado, a mulher foi conduzida para a Delegacia Plantonista, onde pagou fiança e vai responder pelo crime em liberdade. Além dela, na blitz do CPTran realizada na noite de quarta-feira e madrugada de quinta-feira, mais sete condutores de veículos, dessa vez do sexo masculino, foram autuados por dirigirem alcoolizados. “Eles estavam visivelmente embriagados, mas se recusaram a fazer o teste de bafômetro. Se tivessem feito com certeza seriam presos”,declarou. Os infratores também tiveram as Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) apreendidas.

Ao todo, nestes cinco dias de Forró Caju, 20 condutores de veículos foram flagrados, desrespeitando a Lei Seca. Desses, cinco foram presos após fazerem o teste de bafômetro e apresentarem índices de consumo de álcool acima do tolerável pela Lei. Além disso, o CPTran também chegou a recolher 24 CNHs. A maioria por conta de carteiras de habilitações e licenciamentos de veículos vencidos.

Fonte: jornaldacidade.net

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Edvaldo exibe projeto de trânsito para o Centro

Com a criação de corredores livres para ônibus e a proibição de estacionamento em algumas ruas, os motoristas e usuários do transporte público coletivo encontram hoje no Centro de Aracaju menos engarrafamentos e muito mais agilidade para se deslocarem na região. Mas segundo os comerciantes que atuam no local, a medida, ao mesmo tempo em que promoveu o inegável aumento da fluidez no trânsito, desencadeou, por outro lado, uma queda nas vendas.

Ciente das queixas, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) tem trabalhado na busca por soluções que mantenham os avanços alcançados e reduzam ao máximo possíveis prejuízos ao comércio. Após cerca de cinco meses de estudo, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) desenvolveu algumas possibilidades que, na noite desta sexta-feira, 15, foram apresentadas pelo prefeito Edvaldo Nogueira e debatidas junto aos comerciantes da capital. O foco central do encontro foi o anúncio de um projeto que visa a criação de bolsões de estacionamento naquela região.

O projeto foi concebido pela equipe técnica da SMTT e segue as diretrizes urbanísticas do Plano Diretor do Município. A ideia é que sejam construídos três parques de estacionamento no entorno dos Mercados Municipais Albano Franco e Thales Ferraz. Eles criariam centenas de vagas a mais do que a quantidade suprimida pela instituição dos corredores livres. No corredor das ruas Capela e Arauá, por exemplo, foram 132 vagas eliminadas, enquanto no corredor das ruas Itabaiana e Itabaianinha foram extintas 62.

Já os novos estacionamentos disponibilizariam juntos 1409 vagas à população, somando mais de 46 mil metros quadrados de área. O total compreende também vagas exclusivas para idosos e deficientes físicos e espaços destinados para motos e bicicletas. O projeto prevê ainda a criação de um sistema de transporte alternativo específico para os usuários desses estacionamentos, o que, de forma sustentável, reduziria o fluxo de veículos na área central da cidade. Micro ônibus, com capacidade para 22 passageiros, levariam os clientes até pontos pré-definidos de embarque em desembarque localizados em diversos pontos do Centro.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Acidente deixa condutor de veículo de passeio ferido em Aracaju

O condutor de um veículo de passeio de modelo Uno ficou ferido durante uma colisão com uma S-10 por volta das 15h30 desta terça-feira (19). O acidente ocorreu no cruzamento da Rua Sergipe com a Avenida Desembargador Maynard, no Bairro Siqueira Campos. Populares disseram que o condutor da S-10 avançou o sinal vermelho e provocou a colisão. O ferido do veículo de passeio teve um corte na testa, recebeu os primeiros socorros do Samu e passa bem. (Foto: Internauta / Carlos Aurélio)

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Mitos da mobilidade urbana


Por Jorge Santana*

Com as ruas entupidas de carros, engarrafamentos gigantescos mesmo em cidades de médio porte e o transporte coletivo sempre deficiente, mobilidade urbana virou a temática da moda, sobretudo em véspera de eleição municipal, período onde se proliferam as mais falsas e inexequíveis promessas.
Que tal simplificar essa história, didaticamente? Então vamos ser cartesianos ao examinar o problema, buscando as suas causas e as possíveis soluções.
Nas economias desenvolvidas, e agora também nas emergentes, os carros sempre foram sonhos de consumo. Quanto mais acessíveis, mais consumidores se tornam felizes e exigentes proprietários de veículos. A primeira das exigências: quem tem carro quer ter o privilégio de andar em vias sem conviver com engarrafamentos e trânsito lento, daí exigir que as administrações públicas se virem para construir viadutos e novas vias, enlanguescer outras, enfim, gastar fortunas dos seus limitados orçamentos em obras cada vez mais complexas e caras.
Como esses setores da sociedade são influentes, terminam por pautar a mídia e os políticos, fazendo com que todos, como se papagaios fossem, fiquem a repetir pseudo-soluções sem se dar ao trabalho de se debruçar sobre sua efetividade.
Com a entrada em circulação de 3,5 milhões de novos veículos por ano nas cidades brasileiras, as "soluções" apresentadas para resolver o problema da mobilidade urbana equivalem a enxugar gelo: uma intervenção urbana ameniza o problema aqui, até que, pouco tempo depois, ele reaparece mais à frente.
Feita essa opção por tentar dar comodidade ao transporte individual, sacrificam-se os investimentos no transporte coletivo. No Brasil essa obtusidade é mais acentuada e eis o maior exemplo: a maior malha de metrô do país, em São Paulo, tem 74 km, enquanto Santiago do Chile, com menos da metade da população, tem 94 km. Basta dirigir um carro nas duas cidades para perceber o que significa essa diferença.
Para completar essa tragédia urbana, o lobby da indústria automobilística sempre consegue fazer com que o governo adote medidas que garantam suas vendas (sobretudo as recorrentes desonerações tributárias) sem, obviamente, afetar as abusivas margens de lucro (os carros mais caros do planeta proporcionam as maiores lucratividades). É fato que a carga tributária brasileira é estratosférica, mas reduzí-la para setores que abusam dos preços é prejudicar os potenciais beneficiários dos impostos, ou seja, a sociedade.
Há ainda outro agravante: a proliferação indiscriminada, e sob o olhar complascente dos órgãos de trânsito, de toda espécie de veículos motorizados de duas rodas, pilotados por kamikazes que ajudam a infernizar o trânsito das cidades e a engordar as estatísticas de acidentes de trânsito.
Em resumo, o modelo que adotamos no Brasil não vai resolver, sequer minimizar, a problemática da mobilidade urbana. Pior, sem investimentos no transporte coletivo, restará o amargo remédio da adoção de medidas restritivas ao livre trânsito, como os já comuns pedágios urbanos adotados em algumas metrópoles do mundo.
E por fim, mas não menos importante, recomendo poupar seus ouvidos sempre que algum político oportunista apresentar proposta mirabolante para enfrentar o pré-colapso da mobilidade urbana nas cidades brasileiras.
*engenheiro e empresário.

Fonte: Blog Claudio Nunes(Portal Infonet)