quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Diferença de combustível entre os modelos de carro chega a R$ 8 mil

Até o mês de julho, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) voltará a subir gradativamente. Neste cenário pode ser propicio para consumidores aproveitarem para trocar de carro ainda no início do ano, entretanto, é bom ficar esperto já que, por exemplo, na categoria de veículos off-road (fora de estrada) a diferença de economia com combustível entre os modelos pode chegar a R$ 8 mil num período de cinco anos. As informações foram divulgadas pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes).

A partir deste ano os compradores de carros novos devem ficar atentos a mais um item na hora de analisar qual modelo comprar: a etiqueta de eficiência energética do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) – assim como alguns produtos já possuem (como ar condicionado, geladeira, fogão, TV). Os veículos agora também passam a receber as faixas coloridas "A - mais eficiente" e "E - menos eficiente".

Para este ano, o instituto pesquisou 327 veículos de 25 montadoras e o resultado pesa do bolso. Foi calculada a diferença dos gastos com combustível para percorrer um percurso diário de 40 km com os veículos mais e menos eficientes dentro de uma mesma categoria.

No caso de um carro subcompacto, a diferença encontrada foi maior que R$ 4.700 em mais de cinco anos, pois enquanto um modelo era capaz de percorrer 9,2 km com um litro de gasolina, o mais eficiente percorreu 12,3 km por litro de combustível. Segundo informou a CNT, o valor economizado em cinco anos nesta categoria corresponde a 20% do preço total de um veículo. A lista do Inmetro pode ser consultada em: www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/veiculos_leves_2013.pdf

Etiqueta de Eficiência Energética O diretor de Qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo, informou que neste ano, 70% do volume de vendas no mercado nacional saíra de fábrica etiquetado. ”O objetivo é estimular que o consumidor procure a etiqueta para comparar veículos de uma mesma categoria, auxiliando-o a tomar uma decisão de compra consciente”, explicou Lobo.

A etiqueta vai classificar os modelos quanto à eficiência energética em sua categoria, com informações de autonomia em km/litro de combustível - tanto na cidade quanto na estrada, além da emissão de CO² - um dos famosos gases responsáveis pelo efeito estufa.

Lobo também disse que, em relação às pesquisas do ano passado, ocorreu uma melhora de 5% na média de consumo dos veículos A da categoria de subcompactos. Já os veículos A da subcategoria compactos reduziram apenas 1%. O diretor do Inmetro ainda afirmou que em um ano, esta categoria de A compactos – maior volume de vendas do mercado brasileiro – reduziu em média 4,2% as emissões de CO² pelos seus motores.

Projeto poderá ser obrigatório Por enquanto a medida de usar a etiqueta de eficiência energética é opcional para as montadoras com fábrica no Brasil, entretanto, o projeto PLS 38/2011, do presidente da CNT e senador Clésio Andrade, propõe que a medida seja obrigatória. O projeto foi aprovado no Senado e já está pronto para votação na Comissão de Viação e Transporte da Câmara dos Deputados.

O senador argumentou que na hora da compra, o consumidor precisa saber tanto sobre o gasto de combustível do veículo, assim como sobre a poluição causada pelo motor no ambiente. “A medida vai de encontro com a iniciativa do Inmetro, tanto para gastar menos combustível e economizar, como para poluir menos”, relatou.

Fonte: PortaldoTransito
 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

SMTT alerta pais a não entregar filhos a clandestinos

A grande maioria das escolas particulares iniciará o ano letivo na próxima semana em Aracaju e uma das maiores preocupações de pais de alunos está no transporte dos filhos. E o transporte escolar é uma das alternativas mais procuradas, até mesmo para evitar transtornos no trânsito, especialmente na porta das escolas, onde são frequentes os congestionamentos.

No entanto, ao contratar os serviços os pais devem estar atentos à condição do condutor, que deve portar Carteira Nacional de Habilitação nas categorias D ou E, emitida pelo Departamento Nacional de Trânsito, e evitar a contratação de serviços clandestinos. A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Aracaju (SMTT) vem realizando fiscalização constante no combate ao transporte clandestino, mas não possui estatística quando se trata de transporte escolar. Em 2012, foram apreendidos 445 veículos que transportavam passageiros irregularmente, entre eles alguns faziam transporte escolar, mas não há número específico, segundo informações da assessoria do órgão.
A diretora de transportes públicos da Superintendência Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) da Prefeitura de Aracaju, Shirley Barboza, observa que os veículos destinados a este tipo de transporte devem ser vistoriados semestralmente, por iniciativa espontânea dos seus proprietários, que também devem buscar a renovação do alvará anualmente. Obrigatoriamente, os veículos devem ter, no máximo, cinco anos para entrar no sistema e operar por dez anos. Um tempo considerado longo, que deve ser revisto, na ótica da diretora da SMTT.
Em caso de não atender as especificidades do decreto municipal 3.477/2011, que regulamenta o transporte escolar, o condutor e o proprietário do veículo são penalizados, com multas que variam entre R$ 40 e R$ 144, dependendo da infração, e estão sujeitos até mesmo à perda da concessão, caso seja detectada a falta de renovação anual do alvará, por exemplo.
A diretora de transportes públicos da SMTT alerta que, além das imposições do decreto municipal, os condutores e os proprietários dos veículos autorizados a transportar estudantes devem ficar atentos também às regras estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), especialmente aos itens especificados no artigo 136, que exige que o veículo esteja em condições de tráfego e higiene, com todos os equipamentos de segurança, com controlador de velocidade aferido pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro).

Os veículos também devem possuir extintor de 4 kg, triângulo, chave de roda, macaco e, especialmente, cinto de segurança em todos os lugares. “Todos os estudantes têm que usar o cinto de segurança”, adverte a diretora da SMTT.

Clandestinidade
São 239 veículos autorizados a operar transportando estudantes em Aracaju. Para combater a clandestinidade, a SMTT realizará uma campanha de conscientização junto a pais de alunos, com intervenções que deverão ser realizadas nas escolas para informar sobre os riscos da contratação de transportes clandestinos. Antes de contratar os serviços e, para evitar transtornos, os pais devem buscar informações junto a SMTT por telefone: 3179 – 1402.

Os pais confirmam que está no aspecto segurança a maior preocupação. A auditora bancária Glaura Cecília Apolônio já utilizou o transporte escolar para encaminhar seus quatro filhos à escola. Ficou satisfeita com os serviços, mas deixou de usá-los devido ao elevado custo. Encontrou uma outra alternativa: contratou um taxista devidamente habilitado junto à SMTT que, assim como os condutores específicos dos transportes escola, estão em perfeitas condições para transportar passageiros com segurança, na ótica da auditora.

Fonte: Portal Infonet (Cássia Santana)

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Pré-Caju: SMTT altera linha de coletivos

No período entre 17 e 21 de janeiro, será realizada na capital aracajuana a maior festa pré-carnavalesca do Brasil: o Pré-Caju. O grande festejo, que atrai milhares de pessoas de todo o país, arrasta multidões pela avenida Beira Mar. 

Para auxiliar e garantir a mobilidade dos foliões, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), por meio da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), realizará a organização do transporte e trânsito da capital.

A operação contará com o apoio de 22 homens da Polícia Militar, por intermédio da Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTran), que ordenarão o trânsito durante o evento. Além disso, 64 agentes da SMTT estarão operando com veículos, entre motocicletas e carros, que darão o suporte à fiscalização. 
 
Linhas e Itinerário
Durante as quatro noites de evento, o transporte público será priorizado. Nos dias 17, 18, 19 e 20 a partir das 16h, com o fechamento da av. Beira Mar, os ônibus, no trecho compreendido entre o Iate Clube até a avenida Tancredo Neves, haverá a alteração de itinerário das linhas que circulam neste local. Para facilitar a chegada e saída dos foliões, um ponto especial de ônibus será instalado na rua Vila Cristina, esquina com a avenida Anísio Azevedo, nas proximidades da Biblioteca Pública Epifânio Dória.

As linhas que terão seu itinerário alterado serão: 001 - Augusto Franco / Bugio; 002 - Fernando Collor / D.I.A.; 003 - João Alves / Orlando Dantas; 004 - Santa Maria / Mercado; 006 - Sanatório / D.I.A.; 007 - Fernando Collor / Atalaia; 031 - Eduardo Gomes / Des. Maynard; 032 - Tijuquinha / Osvaldo Aranha; 034 - Terminal Rodoviário / Lourival Batista; 061 - Marcos Freire / Centro; 062 - Piabeta / Centro; 063 - Albano Franco / Centro via Osvaldo Aranha; 500 CC1 - Circular Cidade 01; 500 CC2 - Circular Cidade 02; 704 - Conj. Jardim / Osvaldo Aranha e 705 - Parque dos Faróis / Osvaldo Aranha.

As linhas 008 - Santa Tereza / Orla / Shopping Riomar (com 3 carros) e 701 - Jardim Atlântico / Shopping Riomar (com 2 carros) são transformadas em alimentadoras do Terminal Zona Sul, a partir do fechamento da ponte até à 00:00h, com intervalo previsto de 10 minutos. Já a linha 301 - Terminal Rodoviário / Riomar, 409 - Riomar / D.I.A. e 701 - Jardim Atlântico / Centro, terão suas operações suspensas a partir das 16:00h.

Dentre as 16 linhas que terão seu itinerário alterado, sua operação iniciará uma hora mais cedo, ou seja, às 3h, quando deverão permanecer operando e passando pelo referido ponto especial  até as 4h. A partir das 4h, os veículos voltarão a obedecer o itinerário normal, realizando a integração nos terminais. Todo o procedimento referido será adotado nas madrugadas dos dias 17 para 18, 18 para 19 e 19 para 20. 

O itinerário das linhas que iniciarão mais cedo seguirá o seguinte comando: na chegada, passarão pela avenida Ivo do Prado; avenida Augusto Maynard; rua Vila Cristina (à esquerda - com a presença de Agentes de Trânsito) e ponto especial. Na saída do festejo, passarão pelo ponto especial; avenida Anísio Azevedo e segue para os diversos bairros da capital e Região Metropolitana.
 
Comodidade
Os brincantes poderão ainda contar com a facilidade e comodidade dos 1.870 táxis que estarão disponíveis para a população que optar por esse transporte. Também serão feitos pontos especiais para melhor atender os usuários, localizados nas seguintes avenidas: Oviêdo Teixeira com Silvio Teixeira; Beira Mar próximo à Tancredo Neves, sentido sul/ norte; Francisco Porto, sentido o Supermercado GBarbosa; Delmiro Gouveia, próximo à ponte da Coroa do Meio; Jorge Amado com Francisco Porto; último trecho da rua Anízio Azevedo, próximo à Biblioteca Epifânio Dórea.

Fonte: Ascom PMA

Falta educação, fiscalização e engenharia de trânsito no Brasil

Conforme matéria de destaque de O Globo, no domingo 13/01/13, apenas 0,3% do arrecadado pela prefeitura do Rio, com multas, no ano de 2012 (R$ 174.4 milhões), foram destinados à ações educativas de trânsito. O problema é evidentemente cultural. O motorista brasileiro, por deficiência de formação, tem um perfil voltado para a conduta imprudente e deseducada no trânsito. Falta preparação pedagógica de crianças e adolescentes para o comportamento seguro como pedestres e ciclistas e como futuros motoristas.

Os governos, dos três níveis, além de pouco investirem, não têm estrutura adequada para desenvolver tal importante atribuição, havendo carência de profissionais especializados para ministrar, de forma pedagógica, educação, legislação e segurança de trânsito que são temas obrigatórios em currículos interdisciplinares e que devem fazer parte do conteúdo programático em escolas de primeiro grau, no ensino médio e nas universidades. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê isto em seu Artigo 76, quando trata da educação de trânsito. Poucos cumprem.

É preciso levar mais a sério tal dispositivo do Código e chamar a atenção da população brasileira para a brutalidade dos acidentes de trânsito. Depois de adultos, já deformados pela imprudência, agressividade e deseducação, burlando leis de trânsito, dirigindo em excesso de velocidade, pelo acostamento de rodovias e ultrapassando em locais proibidos, só fiscalização permanente e multas pesadas, que reflitam no bolso, talvez os levem à mudança comportamental. A Lei Seca só é respeitada em alguns estados da federação por sua maior ação de fiscalização e pelo alto valor da multa e pela possibilidade da suspensão do direito de dirigir. Isso é fato real. Apesar de todo rigor muitos motoristas continuam bebendo e dirigindo e causando tragédias, pela deformidade compulsiva de burlar a lei.

É urgente, portanto, desenvolver também campanhas educativas de trânsito, de caráter permanente, em horários nobres de televisão, tipo das existentes na República Tcheca e na Espanha com imagens fortes, tristes e chocantes de acidentes de trânsito. Na Austrália há um vídeo mostrando, por exemplo, os cuidados necessários com o transporte de crianças no carro. Algumas celebridades, que se envolveram em graves acidentes de trânsito, também poderiam se dispor a relatar, durante as campanhas, suas amargas experiências numa “mea culpa” dos atos imprudentes cometidos ao volante.

Por outro lado, o país possui rodovias e vias urbanas inseguras, muito mal pavimentadas e sinalizadas. No acidente da sexta-feira (11/01/13) que matou seis pessoas de uma mesma família, entre elas duas crianças, numa colisão de veículos em sentidos opostos, na Via Lagos, em Araruama, município do Estado do Rio de Janeiro,a rodovia não possui mureta divisória de pista, o que é um erro de prevenção e engenharia injustificável.

No âmbito do Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, os órgãos municipais, responsáveis pela engenharia de trânsito, como é o caso na prefeitura do Rio, ainda não cumpriram totalmente, embora o prazo tenha se expirado, a Lei do Temporizador, (5818/10), de autoria do Deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha. Tal lei, de caráter educativo-preventivo, prevê que os pardais eletrônicos, que registram o avanço do sinal, só podem ser instalados onde os semáforos possuam temporizador digital de contagem regressiva. Os pardais existentes, anteriores à lei, já deveriam também estar de acordo a nova regra.

Falta, portanto, uma cultura de educação, de fiscalização e de engenharia de trânsito no país, onde a barbárie dos acidentes, com média de 40 mil mortos/ano, resulta numa grave e permanente epidemia de perdas de preciosas vidas, pela imprudência e pela insensatez.

Como notícia promissora, após a denúncia de O Globo (14/01), revelando que a prefeitura do Rio investiu apenas 0,3% do arrecadado com multas em 2012 em ações educativas, a Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, vai discutir em Brasília a possibilidade de promover uma alteração no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), fixando um percentual mínimo para ser aplicado em ações educativas a partir das receitas obtidas com a cobrança de multas. A questão será levada ao Congresso Nacional pelo deputado Hugo Leal (PSC/RJ). Que tal proposta vira de fato realidade.

Finalmente, aqui vale ressaltar as declarações do médico Carlos Alberto Lobo Jardim, ex-presidente da Associação Brasileira de Ortopedia, quando disse: "A arrecadação de multas é alta, mas nem de longe supera as despesas para tratar vítimas de graves acidentes. E a experiência nos hospitais mostra que aqueles pacientes que se envolvem em acidentes graves dificilmente são reincidentes. Ou seja, são educados pela pior experiência possível, disse Jardim ao jornal O Globo.