Até o mês de julho, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
voltará a subir gradativamente. Neste cenário pode ser propicio para
consumidores aproveitarem para trocar de carro ainda no início do ano,
entretanto, é bom ficar esperto já que, por exemplo, na categoria de
veículos off-road (fora de estrada) a diferença de economia com
combustível entre os modelos pode chegar a R$ 8 mil num período de cinco
anos. As informações foram divulgadas pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes).
A partir deste ano os compradores de carros novos devem ficar atentos a mais um item na hora de analisar qual modelo comprar:
a etiqueta de eficiência energética do Inmetro (Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia) – assim como alguns produtos já
possuem (como ar condicionado, geladeira, fogão, TV). Os veículos agora
também passam a receber as faixas coloridas "A - mais eficiente" e "E -
menos eficiente".
Para este ano, o instituto pesquisou 327 veículos de 25 montadoras e o
resultado pesa do bolso. Foi calculada a diferença dos gastos com
combustível para percorrer um percurso diário de 40 km com os veículos
mais e menos eficientes dentro de uma mesma categoria.
No caso de um carro subcompacto, a diferença encontrada foi maior que
R$ 4.700 em mais de cinco anos, pois enquanto um modelo era capaz de
percorrer 9,2 km com um litro de gasolina, o mais eficiente percorreu
12,3 km por litro de combustível. Segundo informou a CNT, o valor
economizado em cinco anos nesta categoria corresponde a 20% do preço
total de um veículo. A lista do Inmetro pode ser consultada em:
www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/veiculos_leves_2013.pdf
Etiqueta de Eficiência Energética O diretor de Qualidade do
Inmetro, Alfredo Lobo, informou que neste ano, 70% do volume de vendas
no mercado nacional saíra de fábrica etiquetado. ”O objetivo é estimular
que o consumidor procure a etiqueta para comparar veículos de uma mesma
categoria, auxiliando-o a tomar uma decisão de compra consciente”, explicou Lobo.
A etiqueta vai classificar os modelos quanto à eficiência energética
em sua categoria, com informações de autonomia em km/litro de
combustível - tanto na cidade quanto na estrada, além da emissão de CO² -
um dos famosos gases responsáveis pelo efeito estufa.
Lobo também disse que, em relação às pesquisas do ano passado,
ocorreu uma melhora de 5% na média de consumo dos veículos A da
categoria de subcompactos. Já os veículos A da subcategoria compactos
reduziram apenas 1%. O diretor do Inmetro ainda afirmou que em um ano,
esta categoria de A compactos – maior volume de vendas do mercado
brasileiro – reduziu em média 4,2% as emissões de CO² pelos seus
motores.
Projeto poderá ser obrigatório Por enquanto a medida de usar a
etiqueta de eficiência energética é opcional para as montadoras com
fábrica no Brasil, entretanto, o projeto PLS 38/2011, do presidente da
CNT e senador Clésio Andrade, propõe que a medida seja obrigatória. O
projeto foi aprovado no Senado e já está pronto para votação na Comissão
de Viação e Transporte da Câmara dos Deputados.
O senador argumentou que na hora da compra, o consumidor precisa
saber tanto sobre o gasto de combustível do veículo, assim como sobre a
poluição causada pelo motor no ambiente. “A medida vai de encontro com a
iniciativa do Inmetro, tanto para gastar menos combustível e
economizar, como para poluir menos”, relatou.
Fonte: PortaldoTransito