sábado, 6 de julho de 2013

Andar de carro é mais barato, segundo Ipea

Nos últimos 12 anos, os custos de quem usa carro no país aumentaram relativamente menos que os gastos dispensados pelos usuários de transporte público. Estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o preço das tarifas de ônibus, de 2000 a 2012, cresceu 192%, 67 pontos percentuais acima da inflação oficial registrada no período, de 125%. Já o índice associado aos gastos com veículo próprio – que inclui a compra e a manutenção de automóveis e motos e as tarifas de trânsito – teve alta de 44%.

De acordo com o levantamento feito pelo instituto em 11 capitais, incluindo Belo Horizonte, a discrepância entre meios de transporte ocorre devido aos investimentos do governo. Enquanto no transporte público não há subsídio e 100% da passagem é paga pelos usuários, o governo deu incentivos para a aquisição de automóveis, principalmente com a desoneração do setor.

Além da inexistência de subsídios ao transporte coletivo, os incentivos à compra de automóveis e os problemas enfrentados pelos usuários – como lotação e atrasos, algumas das principais reclamações feitas em manifestações pelo Brasil recentemente – reduziram em pelo menos 20% o número de passageiros na última década, ampliando o valor do tícket. “A planilha do transporte é simples de entender. Você tem um custo total, dividido pelos passageiros que utilizam o ônibus, o que resulta no valor final da tarifa. Como os custos sempre aumentam e o número de passageiros cai, não tem como diminuir o preço se não houver ajuda do governo. Essa ajuda não acontece no país”, afirma o engenheiro de Transportes e Trânsito Márcio Aguiar.

Segundo o estudo, um dos principais vilões do preço das passagens nos últimos anos foi o óleo diesel, que teve crescimento de 129%. O combustível, que representava cerca de 10% no custo da tarifa, agora já participa com 30% no valor das passagens.

O pesquisador do Ipea Carlos Henrique de Carvalho, um dos responsáveis pelo estudo, afirma que a única forma de melhorar a qualidade do transporte é ampliar as fontes de receita.

Europa. O levantamento cita o exemplo da França, onde as receitas arrecadadas com a tarifa cobrem menos que 40% do custo total do sistema. Para completar as despesas com o transporte, o governo criou uma taxa para o transporte, paga pelas empresas, com base no número de trabalhadores contratados. Essa verba é totalmente usada para custear o transporte coletivo.

Fonte: O tempo.com.br

Donos de automóveis e empresas também devem bancar transporte

O modelo de financiamento do transporte público essencialmente pela tarifa cobrada do usuário está esgotado, na avaliação do Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea).

Em estudo divulgado ontem, o instituto sugere outras formas de bancar esse sistema, como aumento de tributos sobre donos de automóveis e empresas. Do final dos anos 90 até hoje, o número de pessoas que andam de ônibus caiu de 20% a 25% no Brasil, o que contribuiu para o aumento da tarifa.

A pesquisa aponta que no Brasil o financiamento do transporte público urbano é, em geral, 100% financiado pelos usuários por meio da tarifa. No caso de São Paulo, esse índice é de 80%. Na média das cidades europeias, é 50%, mostra a pesquisa. O pesquisador do Ipea Carlos Henrique de Carvalho considera que não é possível melhorar a qualidade do transporte público sem ampliar as fontes de receita do setor.

Na sua opinião, toda a sociedade deve bancar o custo do ônibus, porque todos se beneficiam dele, inclusive as indústrias e o comércio, já que empregados e consumidores usam o meio para se deslocar. "A sociedade está cobrando soluções para que a gente tenha transporte mais barato e de mais qualidade. Conseguir isso com o sistema de hoje, todo baseado em tarifa é, complicado", disse.

Passagem cara

A pesquisa mostra que nos últimos anos, as tarifas de ônibus subiram mais que os custos de carros e motos, tornando o transporte privado relativamente mais barato. De 2000 a 2012, o preço cobrado dos usuários de ônibus ficaram em média 192% mais caros, uma alta que supera a inflação geral do país no período, de 125%, medida pelo IPCA. "Não é a toa que as coisas chegaram a esse ponto de insatisfação popular", disse Carvalho.

Já o custo do transporte privado, que inclui os gastos com a compra de carros e motos, manutenção e tarifas de trânsito subiu menos, 44%, portanto, abaixo da inflação. Para o pesquisador do Ipea, o barateamento do transporte privado em relação ao público é a principal causa da redução do número de usuários de ônibus no período. Do final dos anos 90 até hoje, o número de pessoas que andam de ônibus caiu de 20% a 25% no Brasil. Segundo ele, esse é um dos fatores que leva ao aumento das tarifas de ônibus, pois significa que menos gente terá que pagar pelo mesmo serviço.

Além disso, destaca Carvalho, houve aumento do preços de insumos do transporte de ônibus, muitos deles fornecidos por oligopólios. Já o diesel ficou mais caro devido a retirada de subsídios públicos após o fim do monopólio estatal sobre o setor de petróleo. "É justo, então, que o usuário de automóveis pague parte do custo. A melhor forma seria taxar mais o uso do carro", afirma Carvalho.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Professor da UFRN aponta meios para subsidiar tarifa zero em Natal

A proposta de tarifa zero no transporte público é possível e tem alternativas para acontecer em Natal e no Brasil. A opinião é do engenheiro civil e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Rubens Barreto Ramos, que defende a implantação de um sistema de transporte plenamente subsidiado e gratuito para todos. Os subsídios para viabilizar a proposta, segundo Ramos, podem vir de diversas formas, no entanto para que a teoria vire prática é preciso que haja mudança na mentalidade dos governantes em relação ao modelo adotado atualmente.

A tese do professor parte do princípio que o transporte não consegue sobreviver como serviço tarifado, que é exatamente o modelo adotado na maioria das cidades brasileiras. "Por definição, todo produto de mercado é excludente e produz disputa. O transporte público tarifado só acontece quando o usuário não tem opção. Quando a renda aumenta e as pessoas compram veículos, elas abandonam rapidamente o transporte pago. Assim o serviço perde a capacidade de ser vendável" explica.

Em Natal, o sistema de transporte é 100% bancado pelos usuários. O dinheiro arrecadado com o pagamento da passagem é o mesmo que paga gratuidades e meia entradas. Além disso, seguindo a lógica da tarifa, o especialista entende que o preço da passagem sempre estará pressionado pelos custos para se manter o sistema.  Para Ramos, o transporte tem de ser visto da mesma forma que setores como saúde, educação e segurança, que são pagos pela sociedade.

"É o único serviço público que não é rateado pela sociedade e quem paga é o usuário. As manifestações estão ajudando a mudar essa mentalidade. O interesse da cidade é ter a máxima mobilidade suficiente, que é um sistema de transporte em que as pessoas possam usar e pagar pouco. Atualmente existe o pensamento de que o transporte é para todos, mas o funcionamento ocorre em uma lógica privada", opina.

Alternativas
Na pesquisa do pós-doutorado, o especialista fez um levantamento sobre cidades do mundo que subsidiam as tarifas de transporte. Nos lugares pesquisados ocorreu processo similar ao que acontece há alguns anos no Brasil, com a troca do transporte público pelo individual a medida que a renda das pessoas aumentou. Com o tempo, os governos optaram por conceder subsídios para estimular a volta ao transporte público.

De acordo com o especialista, o custo operacional do sistema de transporte gira em torno dos R$ 200 milhões. Desta conta, 44% é pago em dinheiro e passes, 40% via vale transporte e 17% por estudantes. Ramos sugere a transformação do vale transporte em subsídio, o que já pagaria R$ 80 milhões. Sobrariam então R$ 120 milhões, que no entendimento de Ramos podem ser abatidos de diversas formas.

Entre as alternativas possíveis para subsidiar a tarifa mais barata, o engenheiro civil destaca a tributação do combustível do transporte individual. De acordo com o professor, foram consumidos cerca de 300 milhões de litros de gasolina e etanol na cidade em 2012. Simulando a cobrança de um imposto que impacte em R$ 0,10 por litro de gasolina consumido, o professor calcula que seria possível arrecadar R$ 30 milhões para o subsídio da passagem.

"O gasto semanal para uma pessoa que percorre dez quilômetros por semana ficaria entre R$ 2,50 a R$ 3,50", contabiliza. Com a alocação citada já seria possível garantir o passe livre para estudantes, que com a meia entrada consomem atualmente cerca de R$ 30 milhões do custo total do sistema de transporte.

Outra proposta é alocar R$ 100 do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) dos carros, que é cobrado anualmente. Levando em conta que Natal tem cerca de 200 mil carros,  número que deve ser atingido ainda neste ano, seria possível arrecadar mais R$ 20 milhões para subsidiar a tarifa. Se cobrados outros R$ 55 do IPVA das motos seriam R$ 4 milhões com as cerca de 70 mil motos que circulam na capital potiguar.

Projeto propõe uso de lucros de empresas
Está em análise na Câmara Municipal um projeto de lei que estabelece o passe livre para estudantes e trabalhadores desempregados no transporte urbano de Natal. O projeto define ainda que a gratuidade seja concedida em todos os dias e horários da semana, sem limite diário de viagens. A proposta foi elaborada pelos vereadores Amanda Gurgel (PSTU), Sandro Pimentel e Marcos Antônio (ambos do Psol).

O financiamento do passe livre se dará através de dotações financeiras próprias, previstas no orçamento; por meio da destinação de um percentual da taxa anual de lucros das empresas do setor de transporte; e da suspensão do repasse da prefeitura para as instituições sem fins lucrativos, destinando esses valores para o objeto da lei.

Desoneração não melhora qualidade
Para baixar o preço da tarifa, a saída encontrada pelo prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, foi a desoneração de impostos federais Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Na época, foi possível reduzir a passagem de R$ 2,40 para R$ 2,30. Depois o prefeito baixou a tarifa para R$ 2,20, mas não especificou de que forma a redução foi bancada. Para o professor Rubens Ramos, a desoneração de tributos não é a melhor opção. "Retirar o imposto só tem efeito de curto prazo, pois os custos vão continuar crescendo", diz.

Antes da redução para os atuais R$ 2,20, os secretários de Tributação do Estado e Município já haviam alertado que além de ferir fortemente os cofres públicos, as desonerações podem ser usadas em uma nova composição da tarifa, mas não garantem a aplicação do valor da renúncia fiscal em melhorias no transporte urbano, algo que depende atualmente da ação das empresas que possuem a concessão pública da prefeitura para prestar o serviço de transporte urbano na cidade.

Seis empresas operam o sistema de transporte por meio de permissões assinadas com o Município. A própria Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) reconhece que os contratos não garantem a qualidade. "Os contratos dizem basicamente que as empresas têm de operar de forma eficiente, mas não diz como isso vai ser medido. Com a licitação do transporte, teremos meios para medir eficiência e até penalizar em casos de descumprimento", diz a técnica do Departamento de Estudos e Projetos da Semob, Rejane Xavier.

Com o projeto de lei autorizativa da licitação enviado em meados de junho pelo prefeito Carlos Eduardo, a Câmara Municipal de Natal definiu um calendário entre os dias 22 e 31 de julho para as audiências e votações da licitação do sistema de transporte. Para o professor Rubens Ramos, antes de discutir a licitação, é necessário rever o sistema de transporte em uma linha moderna. "O sistema é antigo e obsoleto. O transporte não se adequou às mudanças da cidade. Com o esquema que temos atualmente, a licitação será fazer mais do mesmo", alerta.

Ao invés dos altos investimentos em obras de mobilidade urbana, o engenheiro acredita que é preciso priorizar o transporte público. Na opinião de Ramos, a opção mais interessante para Natal é montar um sistema que integre o Tramway, mais conhecido no Brasil como Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), com os ônibus da cidade. "O ideal seria ter uma linha cruzando a cidade e os ônibus fazendo o papel de integração dos bairros", esclarece o professor, que vem aprofundando uma pesquisa sobre essa proposta para o transporte público da cidade.

Fonte: G1

7 atitudes do motorista para economizar combustível

O consumo de combustível do carro está ligado diretamente à manutenção preventiva e à forma como o motorista dirige. É fundamental olhar o manual do proprietário para seguir à risca os prazos de troca de filtros, velas e componentes da ignição e injeção eletrônica.

Mas não adianta a manutenção estar em dia se o motorista dirigir errado ou não seguir dicas básicas. Por isso, confira sete atitudes simples que o motorista pode tomar para gastar menos dinheiro toda vez que parar em um posto de combustível. Veja:

1 - Pneus calibrados  - Além de desgaste da borracha, pneus murchos influenciam diretamente no rendimento. A calibragem deve ser feita a cada 15 dias, obedecendo exatamente às recomendações da montadora para os pneus dianteiros e traseiros, conforme a lotação do veículo. A indicação correta de calibragem está no manual do proprietário ou em um adesivo na porta do carro.

2 - Peso  - Quando mais peso você carrega nos braços, mais força faz para se movimentar. É exatamente igual com os carros. Quanto mais carregado, mais sofrem. Ou seja, o motorista precisará acelerar mais para arrancar e para fazer o veículo chegar à velocidade desejada. É importante também observar o peso máximo recomendado pelas montadoras, que está no manual do proprietário. Um estudo do Escritório de Eficiência Energética e Energias Renováveis dos Estados Unidos mostrou que 40 quilos de excesso de peso reduzem o consumo em até 2%.

3 - Ar condicionado - O ar condicionado ligado aumenta, em média, 20% o consumo do veículo. Não dá para ficar sem ar em dias quentes, mas nesta época do ano ele é dispensável na maior parte das cidades. E quando usar, o recomendado é desligar dois ou três minutos antes de chegar ao destino. E não pense que andar com os vidros abertos sempre significa economia. A partir dos 80 km/h a entrada lateral de vento faz o veículo gastar mais do que se estivesse com os vidros fechados.

4 - Troca de marcha - Apesar de poucos olharem, os carros trazem no manual do proprietário a velocidade certa de trocar de marcha. Isso é fundamental para a economia de combustível. Se o carro estiver a 100 km/h em uma terceira marcha, por exemplo, estará gastando muito mais do que o necessário. E não é preciso aquela “esticada” nas marchas para mudar. A troca deve ser suave.

5 - Combustível certo - Quase todas as montadoras especificam qual o uso de combustível ideal para seu carro, se premium ou não. Parece uma bobagem, mas não é. O uso de combustível correto, em postos de confiança, vai fazer o carro ter o melhor rendimento possível com menos combustível.

6 - Aceleradas desnecessárias - Nos carros novos não há mais a necessidade de aquecer o motor antes de sair. Ele vai se ajustando conforme vai aquecendo. Portando, você não precisa ficar cinco minutos acelerando parado antes de sair da garagem.

7 - Nada de banguela - Mesmo em descidas, o carro deve ficar sempre engrenado. Primeiro por questão de segurança, por causa do freio motor. Segundo porque deixar o carro engatado na descida gasta menos combustível do que se ele estiver em ponto motor, a popular “banguela”.

Fonte: Talita Inaba (Portal do Trânsito)

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Motorista bêbado não receberá indenização de seguradora

O deputado Sandro Mabel (PMDB/GO) apresentou projeto de lei que torna obrigatória a inserção de cláusula limitadora de responsabilidade nas apólices relativas ao seguro de veículos.

Segundo a proposta, os contratos de seguro de veículos deverão conter essa cláusula limitadora, eximindo a seguradora da obrigação de ressarcir danos materiais decorrentes de acidente de trânsito em veículo por ela segurado, se constatado que a condução, quando do sinistro, se encontrava, comprovadamente, a cargo de motorista bêbado (com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência).

O projeto estabelece ainda que a comprovação da alteração da capacidade psicomotora observará o disposto no Código de Trânsito Brasileiro.

Além disso, determina que, não se configurando essa comprovação, a seguradora não se exime do pagamento das indenizações contratadas.

Pela proposta, a cláusula limitadora de responsabilidade não alcançará as coberturas de danos a terceiros.

O deputado argumenta que, em que pesem os esforços governamentais em humanizar o trânsito em nossas cidades e estradas os resultados até aqui alcançados encontram-se muito aquém do necessário. “Todas as iniciativas nesse sentido não têm conseguido coibir suficientemente tragédias provocadas por pessoas alcoolizadas que insistem em assumir o volante. Um dos motivos dessa triste situação, unanimemente apontada é a sensação de impunidade gerada, em parte, pela cultura brasileira de desvalorização dos crimes de trânsito”, frisa o parlamentar.

Ele acrescenta que, enquanto a importância de ser preservada a vida, a integridade ou a segurança das pessoas aparentemente não sensibiliza grande contingente dos motoristas, o mesmo já não acontece quanto ao interesse dos mesmos em proteger o seu patrimônio, ou seja, o seu carro. “Atualmente, expressiva maioria da nossa frota de veículos encontra-se protegida quanto aos sinistros relativos a roubo, colisão ou incêndio por meio de contratos de seguros”, lembra o autor do projeto.

Sandro Mabel explica ainda que o projeto pretende induzir os motoristas a um comportamento mais humano no trânsito, punindo aqueles que alcoolizados, ou seja, com sua capacidade psicomotora comprometida, venham a provocar acidentes, na medida em que os impede, se flagrados nessa situação, de se beneficiarem de indenizações contratadas para tanto junto à seguradora.

Fonte: Segs.com.br 

terça-feira, 2 de julho de 2013

Dirigindo com airbag

Muita gente acha que o airbag, sozinho, faz milagres. Aí pode correr à vontade e cometer outras imprudências, que as bolsas de ar estarão lá para salvar vidas. Mas não é bem assim.

Aliás, o airbag, sozinho, pode até ser perigoso. Para começar, ele sempre (sempre!) deve ser usado em conjunto com o cinto de segurança. O cinto é o dispositivo de retenção mais eficaz na prevenção de lesões aos ocupantes. Quando o carro tem airbag, o cinto age para adequar o contato da pessoa com a bolsa no momento ideal – ou seja, quando o airbag estiver totalmente inflado.

Se o contato do ocupante com o airbag ocorrer antes da hora certa, por conta da falta do cinto, a chance de um ferimento grave é muito grande. Isso porque a violência do choque pode ser enorme. Os airbags são bolsas de ar que se expandem em milissegundos, um “piscar de olhos”. Imagine algo explodindo a 300 km/h contra seu corpo... É mais ou menos o que pode acontecer se você estiver sem o cinto de segurança nesse momento.

É por isso também que a recomendação de não colocar os pés no painel do veículo (muito passageiro gosta de viajar assim) é ainda mais importante quando o carro tem airbags. Há um risco elevado de uma fratura nas pernas e em outras partes do corpo.

Fonte: Portal do Trânsito

Acidentes de trânsito - quem será a próxima vítima?

Infelizmente, convivemos com essa tragédia anunciada todos os dias de nossas vidas. Porém, com uma grande preocupação, quem será a próxima vítima?

Poderíamos nos perguntar de quem é o culpa pelos acidentes de trânsito. Do condutor? Do Governo? Do outro condutor? Do pedestre? Enfim, são perguntas que realizamos toda vez que ouvimos, presenciamos, ou tomamos conhecimentos de algum tipo de acidente.

Porém, é necessário refletir acerca de alguns aspectos, como por exemplo, estamos preparados para dirigir, pilotar ou conduzir um veículo automotor (motocicleta, automóvel, ônibus ou caminhão)? Os procedimentos adotados pelos Centros de Formação de Condutores e pelo Detran, para preparar um novo condutor(a), é suficiente?

São lamentáveis essas mortes e/ou sequelas deixadas pelos acidentes, tanto para às vítimas e seus familiares. Já repeti isto em outras oportunidades, mas, não cansarei de repetir, pois, tenho o hábito de ler os noticiários todos os dias e principalmente as segundas-feiras a manchete é a mesma, vítimas e mais vítimas de acidentes de trânsito.

Mas, é oportuno dizer que em partes, nossa sociedade tem uma parcela de culpa, pois toda vez que se realiza uma fiscalização de trânsito mais intensa são os primeiros a reclamar.

Acredito que somente através de uma educação para o trânsito continuada em todos os níveis educacionais, seja no ensino fundamental, médio e superior, é que poderemos transformar essa realidade, mas há que se destacar que isso poderá levar talvez o tempo de uma geração, ou seja, uns 20 anos.

E enquanto isso, seguindo as estatísticas, se acaso conseguirmos mudar nossa realidade no trânsito daqui a mais ou menos uns 20 anos, mesmo assim terão morrido vítimas de acidentes de trânsito, cerca 1.000.000, isso mesmo, um milhão de pessoas, somente no Brasil, e é sabido que para cada vítima fatal, entende-se como vítima fatal, aquela que morre no local do acidente, outras cinco pessoas são hospitalizadas, ficando com sequelas permanentes.

Para frearmos essa estatística que cresce assustadoramente, sugiro que imediatamente, se intensifique a fiscalização de trânsito, com mais radares, bafômetros, agentes de trânsito, policiais rodoviários, policiais militares, com a missão de fiscalizar e para isso, os órgãos de trânsito responsáveis pelos devidos processos administrativos, deverão ter mais agilidade nos seus procedimentos, para que de uma forma mais objetiva, possa dar a resposta à sociedade de que os infratores estão sendo punidos.

É flagrante a sensação para não dizer impunidade no trânsito, e não são poucos casos, mas o nosso ordenamento jurídico lhes dá essa oportunidade, pois vivemos em um Estado democrático de direito, sendo assim, todos tem o direito da ampla defesa, conforme reza nossa Constituição Federal de 1988, que elevou o direito a ampla defesa à categoria de princípio constitucional, ao dispor em seu artigo 5o., inciso LV, que "aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes".

Não discuto nossas garantias constitucionais, discuto sim, que se faz necessário para tais crimes, uma revisão em nossas leis infra-constitucionais, justamente para oferecer uma sensação de segurança a toda população.

Acredito que a simples prisão não seria a solução para o problema, pois nosso sistema penitenciário, não é o melhor caminho a reabilitação, pois está com vários problemas, necessitando urgente de mudanças, acredito que a educação e a fiscalização possam transformar essa triste realidade.

Dessa forma, como a educação para o trânsito não é uma meta dos nossos governantes, pelo menos na prática, e é só observarmos as campanhas anuais que são intituladas como a Semana Nacional do Trânsito, onde durante os dias 18 a 25 de setembro de cada ano, são realizadas palestras e/ou atividades educacionais. Não preciso nem comentar que essa ação isolada sem continuidade, não produz efeito duradouro, ela é importante, mas não eficaz. Entendo que durante a semana (18 a 25/09), deveriam os órgãos de trânsito discutirem o que foi realizado durante todo o ano, o que deu certo ou errado, quais as metas para o próximo ano, enfim, não realizar em uma semana uma maratona de atividades, onde nem toda a população toma conhecimento das atividades.

Nesse mesmo prisma, vem também a fiscalização, que não atende nossas necessidades, por vários motivos, falta de efetivo, falta de comprometimento profissional, falta de atualização/motivação, falta de valorização pessoal.

Segundo a ideia de Karl Marx, um filósofo contemporâneo, onde o que ele mais critica é a questão de como compreender o que é o homem. "Não é o ter consciência (ser racional), nem tampouco ser um animal político, que confere ao homem sua singularidade, mas ser capaz de produzir suas condições de existência, tanto material quanto ideal, que diferencia o homem." 

Sendo assim, sugiro que cada um de nós, cidadãos e cidadãs, façamos a nossa parte, que é obrigação de cada um, ou seja, se queremos um mundo mais justo e bom para se viver, vamos lutar para isso, vamos mostrar que queremos mudar, para isso temos que nos unir.

E com relação as regras básicas de circulação e conduta no trânsito, nesse momento é só respeitar para ser respeitado, nada de querer dar um jeitinho, querer passar na frente do outro, vindo com aquelas desculpas que é só hoje, ou foi a primeira vez, não farei isso novamente, desculpa seu guarda...!

No trânsito, corremos o sério risco de não termos uma segunda chance, o erro pode ser fatal. Não sejamos egoístas com nossas atitudes, temos que pesar em quem está em casa nos esperando, nossos filhos, nossas esposas, nossos pais, enfim, não somos sozinhos, vivemos em sociedade, há outras pessoas em nossa volta.

RESPEITE A VIDA. RESPEITE O TRÂNSITO!!!

“Na vida quanto mais se vive mais se aprende. No trânsito, quanto mais se aprende mais se vive”! (autor desconhecido).

Fonte: Emerson Luiz Andrade Portal do Trânsito

segunda-feira, 1 de julho de 2013

A partir de hoje, multas de trânsito podem virar advertência

Entra em vigor hoje a resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) que transforma em advertência as multas de trânsito de natureza leve ou média.

A medida vale para os motoristas não reincidentes e deve ser pedida à autoridade que expediu a autuação (CET, DER ou Detran) a conversão da penalidade em advertência por escrito.

Essa prerrogativa foi dada no Código de Trânsito Brasileiro, em seu artigo 267, e recebeu regulamentação do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). A conversão deveria ter entrado em vigor ano passado, mas foi adiada para hoje.

Pela resolução, até a data do término do prazo para a apresentação da defesa da autuação, o proprietário do veículo ou o condutor infrator poderá solicitar à autoridade de trânsito a aplicação da penalidade de advertência por escrito. Nesse caso, não caberá recurso à Jari (Junta Administrativa de Recursos de Infrações) da decisão da autoridade quanto a aplicação ou não da penalidade de advertência por escrito.

A aplicação da penalidade de advertência por escrito não implicará em registro de pontuação no prontuário do infrator. Tanto a resolução do Denatran como o artigo 267 do CTB facultam à autoridade de trânsito a decisão de transformar ou não a multa em advertência.

Fonte: Diário SP

domingo, 30 de junho de 2013

1ª Indústria automobilística em Sergipe e a 1ª indústria de carros elétricos do Brasil!

Um ato marcante para a história do desenvolvimento industrial em Sergipe. Assim pode ser descrito o ato realizado no início da tarde desta quinta-feira, 27, quando o governador em exercício, Jackson Barreto, e o presidente da Amsia Motors, Mustafa Zeauddin Ahmed, assinaram um protocolo de intenções para instalação da primeira indústria automobilística em Sergipe. O ato também contou com a presença do príncipe da Arábia Saudita, principal acionista da empresa, Abdul Rahman bin Faisal al Saud. A solenidade ocorreu no auditório do Palácio-Museu Olímpio Campos, em Aracaju.

O Protocolo de Intenções assinado prevê investimentos por parte da Amsia no montante aproximado de R$ 1 bilhão. O empreendimento industrial deverá produzir veículos automotores híbridos e elétricos, com expectativa de gerar aproximadamente 4.000 empregos diretos. A planta industrial deverá ser instalada no município de Barra dos Coqueiros, num terreno próximo ao Parque Eólico, nas imediações do antigo projeto do Pólo Cloroquímico.

Momento Histórico
“É com grande satisfação que anuncio oficialmente ao povo sergipano que firmamos protocolo de intenções com a Amsia Motors objetivando implantação de um empreendimento produtivo que tem o potencial de mudar a estrutura industrial do nosso estado”, declarou o governador em exercício, Jackson Barreto, após assinar o documento.

Ainda de acordo com o governador em exercício esta era uma meta que vinha sendo perseguida graças ao empenho do governador Marcelo Déda, que sempre vislumbrou a captação de investimentos externos que diversificassem as matrizes produtivas do estado, e do trabalho competente do secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Saumíneo Nascimento, e toda a sua competente equipe de técnicos.

“Sergipe assumirá uma posição de vanguarda na indústria automobilística com a produção de veículos não poluentes, movidos a eletricidade e utilizando o que existe de mais moderno e inovador no mundo em termos de tecnologia automotiva”, salientou Jackson Barreto, ao contextualizar a importância do empreendimento na atração de outras empresas e investidores para ampliar e implantar outras cadeias produtivas.

Nesse sentido, o governador em exercício também evidenciou a importância da implantação das mais de 120 empresas nos últimos cinco anos, além das que entraram em atividade já a partir de 2013 como a AlmavivA, a Yazaki , e da Saint-Gobain, dentre outros empreendimentos que reforçam o contexto de Sergipe ser considerado um estado com notável expansão industrial no Nordeste.

“Isso só ocorre porque temos no governador Marcelo Déda um entusiasta do desenvolvimento e que buscou os mecanismos necessários para que Sergipe se tornasse um campo fértil para novos empreendimentos. Esta evolução é o que queremos para oferecer novas perspectivas à nossa juventude que, como diz a presidenta Dilma Rousseff, tem que ser agora alvo de intensas iniciativas de capacitação para buscar sua inserção”, contextualizou.