sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Governo lança plano para reduzir mortes de vítimas do trânsito

O Ministério da Saúde criará novas regras para o atendimento ao trauma no SUS (Sistema Único de Saúde). Estão previstos o credenciamento de mais hospitais especializados, a adoção de diretrizes clínicas para atender o paciente e a criação de um banco de dados nacional.

O primeiro passo será a publicação hoje de uma consulta pública no “Diário Oficial da União”. O documento ficará disponível para sugestões durante 30 dias. A previsão é que as regras passem a valer a partir de janeiro.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a proposta é que haja mudanças desde o primeiro socorro pelo Samu (serviço de ambulâncias), ou pela unidade básica de saúde, até a forma como o paciente será atendido dentro do hospital.
“Nossa avaliação é que o atendimento das urgências e emergências é o espaço mais crítico, de baixa qualidade, no SUS”, afirmou à Folha.

A meta, segundo ele, é reduzir as taxas de mortalidade de traumatizados de acidentes de trânsito em 17%, mesmo percentual obtido pelos EUA após a implantação de um sistema organizado de atendimento ao trauma.

Em 2010, o SIM (Sistema de Informação de Mortalidade) notificou 42.884 mortes por acidente de trânsito.

Padilha diz que a proposta é organizar a nova rede em três diferentes níveis de complexidade de atendimento (hospitais que fazem neurocirurgia, por exemplo).

Esses hospitais receberão mais recursos, mas, segundo ele, os valores só serão definidos após o fim da consulta pública e de acertos com Estados e municípios.

“Será mais atrativo para os hospitais se organizarem e garantirem a qualidade do atendimento ao trauma.”

Muitas vezes, diz Padilha, o Samu faz um bom atendimento, mas tem dificuldade de encaminhar o paciente ao hospital especializado. Outra situação comum é o acidentado ficar dias em uma maca, esperando por um leito.

QUALIFICAÇÃO
Segundo Milton Steinman, professor colaborador de cirurgia-geral e do trauma da USP, uma questão central é que o país garanta o financiamento dos recursos necessários para atender o trauma.

Na sua opinião, antes de lançar um programa nacional, o ministério deveria fazer um projeto-piloto, menor, com o intuito de criar um modelo a ser seguido.

Steinman afirma que, para garantir qualidade, é preciso, antes, qualificar médicos e hospitais. “É um caminho longo. Não é em três meses que se faz isso.”

FONTE: Portal do Trânsito

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

VENDAS DE VEÍCULOS FOI MAIOR EM 8 ANOS


Análise realizada pelo Boletim Sergipe Econômico, parceria do Núcleo de Informações Econômicas da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) e do Departamento de Economia da UFS, com base nos dados da FENABRAVE, revelou que o número de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motocicletas vendidas, no estado, no mês passado, chegaram a 4.494 unidades, sendo a melhor marca para meses de julho, de acordo com a série histórica que teve início em 2004.

Em termos relativos, o total de vendas cresceu 5,7%, ante julho do ano passado, e 7,4%, sobre o sexto mês do ano. O destaque das vendas realizadas no mês passado foi para os automóveis e comerciais leves que atingiram 2.529 unidades comercializadas. Nesse segmento as vendas aumentaram 36,4%, sobre julho do ano passado, e 4%, sobre junho deste ano.

Também no mês passado, foram vendidos 104 caminhões, quantidade 18,8% menor, no comparativo com julho do ano passado, e 30 ônibus, registrando alta de 50%, comparando-se com o mesmo mês de 2011.

A comercialização de motocicletas ficou em 1.831 unidades, encolhendo 18,6% perante julho do ano passado, porém 15,5% maior que a venda do mês anterior.

Fonte: Por Patricia Nunes (Portal Faxaju)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Planejamento e gestão do trânsito são responsabilidades dos prefeitos

Em grandes cidades e municípios de médio porte, o trânsito é um desafio que as prefeituras precisam planejar e administrar. Além do cuidado na execução de obras, que costumam ser caras, especialistas recomendam que o investimento e o incentivo a novos e diferentes modais são essenciais para a gestão do trânsito.

No Paraná, cidades como Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu e Maringá convivem diariamente com o problema dos congestionamentos. A capital planeja formas de resolver o problema desde a década de 40, com o Plano Agache, que deixou como herança avenidas largas como a Marechal Floriano, Sete de Setembro e Visconde de Guarapuava. Os anos seguintes trouxeram inovações como as canaletas exclusivas para ônibus, as vias rápidas e os binários.

Contudo, para o professor de gestão urbana da PUC-PR Fábio Duarte, nenhuma solução para o trânsito é definitiva, de forma que é preciso sempre pensar em alternativas que instiguem a população a deixar o carro em casa. Ele cita um transporte público eficiente e a bicicleta como exemplos. “Cada vez que a gente anda na rua e vê um ciclista, a gente tem que sempre lembrar, puxa vida, é, de fato, um carro a menos. É incompreensível matematicamente que, se a pessoa fez um quilômetro de via asfaltada, ela não possa ter feito também um quilômetro de ciclovia – é muito mais barato”, afirmou.

Atualmente, Curitiba possui uma das maiores frotas de carros do país. São 1.278.000 veículos para 1.746.000 habitantes, números que comprovam a necessidade apontada por Duarte. Ainda assim, intervenções de infraestrutura se mostram necessárias para adequação da vias, principalmente na integração com as regiões metropolitanas.

Atualmente, 28 cidades rodeiam Curitiba e precisam ser levadas em conta para o planejamento do trânsito. No final de 2012, R$ 500 milhões devem ser repassados pelo Governo Federal através do PAC da Copa para melhorar o acesso a ruas e estradas. “As obras promoverão, ou tentarão diminuir esses nós viários que Curitiba e Região sofrem diariamente”, explica o coordenador técnico da RMC, Sandro Setim.

FONTE: G1