Mesmo com a produção encerrada oficialmente em 2007, as vendas de carros movidos exclusivamente a álcool ainda persistem em cerca de 50 unidades por ano no Brasil.
Em 2012, foram 52 veículos, um a mais que em 2011, de acordo com dados
divulgados nesta segunda-feira pela Associação Nacional dos Fabricantes
de Veículos Automotores (Anfavea).
Apesar de divulgá-los, a partir do levantamento do Registro Nacional
de Veículos Automotores (Renavam), a entidade tem apenas suposições
sobre a origem das vendas desses carros no País. "Pode ser algum erro no
registro dos carros, ou mesmo algum carro a álcool que ainda possuía
placa amarela e que não tinha sido trocada pela placa branca e que
entrou como novo no levantamento", disse Luiz Moan, vice-presidente da
Anfavea.
Sucesso de vendas a partir da segunda metade da década de 1970,
os carros a etanol chegaram a responder por mais de 90% das vendas
totais do País, no auge do Proálcool, entre 1983 e 1989. Mas a crise de oferta
do combustível e a perda de credibilidade pelo veículo fizeram com que
as vendas e a produção de carros só a álcool despencassem no País até
2003.
A saída, naquele ano, foi o lançamento de veículos flex fuel,
abastecidos com álcool, gasolina ou com a mistura de qualquer um dos
dois combustíveis. Com isso, os carros a etanol foram substituídos
gradativamente pelos flex fuel, até 2007, quando apenas três unidades,
todas da Fiat, foram fabricadas. No entanto, as vendas, ou ao menos o
registro delas, ainda seguem.
Fonte: Agência Estado