“Que é isso, seu guarda? Eu não bebi nada!”. Poupe essas palavras,
pois não adianta jurar ou implorar. Se os policiais de trânsito
suspeitarem que você ingeriu bebidas alcoólicas, eles vão pedir para que
você passe pelo bafômetro. “E se eu me recusar a passar por ele?” Nesse
caso, o Código de Trânsito Brasileiro determina o seguinte:
“retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e
recolhimento do documento de habilitação” (artigo 165 do CTB).
Mas por que o bafômetro é tão importante? Explicando de uma maneira
bem resumida, ele é o mecanismo mais rápido para identificar a
concentração de álcool no sangue dos motoristas. Como você deve saber,
dirigir sob efeito de álcool é mais do que uma infração gravíssima: é
também um crime de trânsito, que em alguns casos pode também ser punido
com reclusão.
Assim que o policial identifica o motorista como um possível
alcoolizado, o teste do bafômetro pode ser exigido. Nesse caso, o
suspeito deve soprar uma determinada quantidade de ar em um canudo
descartável para dentro do equipamento. As moléculas de oxigênio e
álcool entram em contato com uma “célula combustível”, que geralmente é
composta de platina.
A célula combustível ganha esse nome porque a reação entre a platina e
o álcool gera uma combustão incompleta, separando os diversos elementos
existentes. Essa reação gera ácido acético, íons de hidrogênio e – o
principal para o bafômetro eletrônico – elétrons. Quanto mais álcool
estiver presente no ar, maior a quantidade de elétrons gerados.
Esses elétrons saem da célula combustível e geram uma corrente
elétrica em um fio condutor bastante sensível. Logo em seguida, a
corrente elétrica é identificada por um microchip, que desempenha o
papel de traduzir a “quantidade de energia” em “concentração de álcool”.
O resultado já convertido é mostrado no visor do bafômetro.
Como você pode ver, a utilização do bafômetro possui muita relevância
científica. Infelizmente, o aparelho é cada vez mais necessário, pois os
motoristas continuam ingerindo bebidas alcoólicas antes de dirigir.
Lembre-se sempre dos riscos acarretados pela mistura entre álcool e
direção e fique feliz ao entender exatamente os motivos para o bafômetro
acusar “concentração zero” quando for submetido aos testes.
Fonte: tecmundo.com.br