Em grandes cidades e municípios de médio porte, o trânsito
é um desafio que as prefeituras precisam planejar e administrar. Além
do cuidado na execução de obras, que costumam ser caras, especialistas
recomendam que o investimento e o incentivo a novos e diferentes modais
são essenciais para a gestão do trânsito.
No Paraná, cidades como Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu e
Maringá convivem diariamente com o problema dos congestionamentos. A
capital planeja formas de resolver o problema desde a década de 40, com o
Plano Agache, que deixou como herança avenidas largas como a Marechal
Floriano, Sete de Setembro e Visconde de Guarapuava. Os anos seguintes
trouxeram inovações como as canaletas exclusivas para ônibus, as vias rápidas e os binários.
Contudo, para o professor de gestão urbana da PUC-PR Fábio
Duarte, nenhuma solução para o trânsito é definitiva, de forma que é
preciso sempre pensar em alternativas que instiguem a população a deixar
o carro
em casa. Ele cita um transporte público eficiente e a bicicleta como
exemplos. “Cada vez que a gente anda na rua e vê um ciclista, a gente
tem que sempre lembrar, puxa vida, é, de fato, um carro a menos. É
incompreensível matematicamente que, se a pessoa fez um quilômetro de
via asfaltada, ela não possa ter feito também um quilômetro de ciclovia –
é muito mais barato”, afirmou.
Atualmente, Curitiba possui uma das maiores frotas de carros
do país. São 1.278.000 veículos para 1.746.000 habitantes, números que
comprovam a necessidade apontada por Duarte. Ainda assim, intervenções
de infraestrutura se mostram necessárias para adequação da vias,
principalmente na integração com as regiões metropolitanas.
Atualmente, 28 cidades rodeiam Curitiba e precisam ser levadas em
conta para o planejamento do trânsito. No final de 2012, R$ 500 milhões
devem ser repassados pelo Governo Federal através do PAC da Copa para
melhorar o acesso a ruas e estradas. “As obras promoverão, ou tentarão
diminuir esses nós viários que Curitiba e Região sofrem diariamente”,
explica o coordenador técnico da RMC, Sandro Setim.
FONTE: G1