O Ministério da Saúde autorizou novo repasse no valor de R$ 12,8 milhões
para que todos os 26 estados, o Distrito Federal e as respectivas
capitais possam ampliar e fortaleces ações previstas no Projeto Vida no
Trânsito.
Além dos investimentos, a portaria 1.934 prevê a inclusão de
dois novos municípios paulistas no projeto: Campinas e Guarulhos, que já
desenvolviam ações de vigilância e prevenção das lesões e mortes pelo
trânsito. Os recursos transferidos para municípios com mais de um milhão
de habitantes serão de R$ 250 mil. O valor para cidades com número de
habitantes entre 500 mil e um milhão será R$ 200 mil. Municípios com
menos de 500 mil habitantes receberão R$ 175 mil. A medida visa
modificar a cultura de segurança no trânsito de forma a reduzir o número
de mortos e feridos graves a partir da melhora da informação, da
conscientização e mobilização da sociedade.
Um dos pontos principais do Projeto Vida no Trânsito é qualificação das
informações. As secretarias estaduais e municipais de saúde deverão
implantar o Projeto Vida no Trânsito por meio de articulação com outros
setores governamentais e não-governamentais. Eles deverão integrar as
informações sobre acidentes de trânsito e vítimas (como feridos graves e
mortes). Os gestores de saúde deverão, ainda, identificar os fatores de
risco e grupos de vítimas mais importantes nos respectivos municípios. A
partir desta verificação, os municípios deverão desenvolver programas e
projetos de intervenção que reduzam esses fatores e os pontos críticos
de ocorrência de acidentes.
“A iniciativa mostra a preocupação do Ministério da Saúde com a
violência no trânsito. Uma das prioridades do Projeto Vida no Trânsito é
intervir nos principais fatores de risco, que são responsáveis pelas
causas e pela gravidade dos acidentes de trânsito, como o excesso de
velocidade e a associação entre álcool e direção. Essas intervenções são
desenvolvidas em articulação com outros setores, como educação,
trânsito, transporte e segurança pública, dentre outros setores
governamentais e da sociedade civil. Nosso objetivo principal é reduzir
a grande quantidade de óbitos e lesões no trânsito, que poderiam ser
evitados com medidas preventivas”, observa Marta Maria Alves da Silva,
coordenadora da Área Técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e
Acidentes do Ministério da Saúde. Ela lembra que uma capital de cada
região brasileira havia sido definida inicialmente, em 2010, para o
reforço das ações de vigilância e prevenção de acidentes no trânsito:
Palmas (TO), Teresina (PI), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS) e
Curitiba (PR).Além dessas cidades pioneiras, o Ministério da Saúde
incluiu, em2011, as outras 22 capitais e mais os estados.
O Projeto Vida no Trânsito resulta também da participação do Brasil num
esforço internacional iniciado em 2010 com o Projeto Road Safety in 10
Countries (RS 10), coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a
Fundação Bloomberg.
Fonte: Portal Infonet (por Agência Saúde)