quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Motociclistas - Reis dos números

O trânsito vem se tornado o carro-chefe dos noticiários de TV que mostram todos os dias o caos e o resultado da relação homem/máquina. Quem pode, compra um carro, quem precisa, compra uma moto e quem sobra, anda a pé. A condição de pedestre se designa a todos nós, pelo menos por alguns instantes de nosso dia, e este é o sujeito mais frágil do trânsito, seguido pelos ciclistas e motociclistas.

Por falar em fragilidade, fatalidade, acidente, se buscarmos um corretor de seguros para tentarmos garantir alguma parte financeira por nosso acidente, roubo ou óbito ele nos oferecerá seguros de vida, de carro, residencial, mas dificilmente de moto. Este fato ocorre, pois as seguradoras consideram a moto um veículo inseguro e os preços destas apólices chegam a quase a metade do valor total da motocicleta, tendo como resultado apenas 1% da frota segurada.

Pois bem, se os donos de seguradora que provavelmente não andam de moto pra lá e pra cá sabem dos riscos que a moto possui, quem dera o próprio profissional que vivencia esta realidade.

Mas afinal de contas, onde quero chegar com tudo isso? Pois bem, o motociclista conhece os problemas de insegurança da moto, sabe das dificuldades da profissão, sente na pele as conseqüências das ruas esburacadas e dos veículos maiores que se chocam contra eles. Porém muitas vezes não percebem que estão dentro do inconsciente coletivo, correndo para o fim da pista. Muitas vezes chamados de “Reis do Asfalto”, arriscam-se até imprudentemente no trânsito para garantir o sustento da casa.

A moto, pequena e ágil, encontra os veículos e caminhões grandes e apressados, num “campo de batalha” onde querem estar sempre em vantagem. Porém a física já nos mostrou que dois corpos não ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo. E nesta briga de Davi e Golias o resultado se mostra diferente das passagens bíblicas.

Por isso, motociclista, se ocorrer um acidente entre sua moto com qualquer outro veículo, o maior prejudicado será você, não é mesmo? Sendo assim, o motociclista deve ser sempre o mais prevenido... Não delegando sua segurança ao outro condutor, pois caso ele não pare, diminua, respeite a sua preferencial ou não o veja, sua motocicleta será atingida.

Ainda para evitar que diversos acidentes ocorram, o motociclista pode seguir uma série de cuidados na hora de pilotar: utilizar roupas adequadas como botas resistentes, jaquetas grossas e calças de boca justa para não prender nos comandos. Capacetes que protejam todo o rosto do motociclista. Os modelos “coquinho”, “peru” e ”robocop”, que deixam o rosto à mostra não são recomendados. Outra precaução a ser tomada é a de reduzir a velocidade em cruzamentos e verificar se é possível fazer a passagem com segurança. O maior índice de acidentes ocorre em cruzamentos.

Um outro cuidado que deve ser tomado é o de sempre andar com o farol aceso. Além de possibilitar aos outros motoristas uma melhor visão de sua motocicleta evitando assim um possível acidente, andar sem acender o farol é infração gravíssima passível de multa e suspensão do direito de dirigir.

Então, cabe a você motociclista, escolher entre dirigir de forma segura para garantir o sustento do dia seguinte, ou aumentar as estatísticas de um próximo artigo.
Reflita sobre isso!

Por: Irineu Vilanova