O trânsito vem se tornado o carro-chefe dos noticiários de TV que
mostram todos os dias o caos e o resultado da relação homem/máquina.
Quem pode, compra um carro, quem precisa, compra uma moto e quem sobra,
anda a pé. A condição de pedestre se designa a todos nós, pelo menos por
alguns instantes de nosso dia, e este é o sujeito mais frágil do
trânsito, seguido pelos ciclistas e motociclistas.
Por falar em fragilidade, fatalidade, acidente, se buscarmos um
corretor de seguros para tentarmos garantir alguma parte financeira por
nosso acidente, roubo ou óbito ele nos oferecerá seguros de vida, de
carro, residencial, mas dificilmente de moto. Este fato ocorre, pois as
seguradoras consideram a moto um veículo inseguro e os preços destas
apólices chegam a quase a metade do valor total da motocicleta, tendo
como resultado apenas 1% da frota segurada.
Pois bem, se os donos de seguradora que provavelmente não andam de
moto pra lá e pra cá sabem dos riscos que a moto possui, quem dera o
próprio profissional que vivencia esta realidade.
Mas afinal de contas, onde quero chegar com tudo isso? Pois bem, o
motociclista conhece os problemas de insegurança da moto, sabe das
dificuldades da profissão, sente na pele as conseqüências das ruas
esburacadas e dos veículos maiores que se chocam contra eles. Porém
muitas vezes não percebem que estão dentro do inconsciente coletivo,
correndo para o fim da pista. Muitas vezes chamados de “Reis do
Asfalto”, arriscam-se até imprudentemente no trânsito para garantir o
sustento da casa.
A moto, pequena e ágil, encontra os veículos e caminhões grandes e
apressados, num “campo de batalha” onde querem estar sempre em vantagem.
Porém a física já nos mostrou que dois corpos não ocupam o mesmo espaço
ao mesmo tempo. E nesta briga de Davi e Golias o resultado se mostra
diferente das passagens bíblicas.
Por isso, motociclista, se ocorrer um acidente entre sua moto com
qualquer outro veículo, o maior prejudicado será você, não é mesmo?
Sendo assim, o motociclista deve ser sempre o mais prevenido... Não
delegando sua segurança ao outro condutor, pois caso ele não pare,
diminua, respeite a sua preferencial ou não o veja, sua motocicleta será
atingida.
Ainda para evitar que diversos acidentes ocorram, o motociclista pode
seguir uma série de cuidados na hora de pilotar: utilizar roupas
adequadas como botas resistentes, jaquetas grossas e calças de boca
justa para não prender nos comandos. Capacetes que protejam todo o rosto
do motociclista. Os modelos “coquinho”, “peru” e ”robocop”, que deixam o
rosto à mostra não são recomendados. Outra precaução a ser tomada é a
de reduzir a velocidade em cruzamentos e verificar se é possível fazer a
passagem com segurança. O maior índice de acidentes ocorre em
cruzamentos.
Um outro cuidado que deve ser tomado é o de sempre andar com o farol
aceso. Além de possibilitar aos outros motoristas uma melhor visão de
sua motocicleta evitando assim um possível acidente, andar sem acender o
farol é infração gravíssima passível de multa e suspensão do direito de
dirigir.
Então, cabe a você motociclista, escolher entre dirigir de forma
segura para garantir o sustento do dia seguinte, ou aumentar as
estatísticas de um próximo artigo.
Reflita sobre isso!
Por: Irineu Vilanova