sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Um em cada três pedestres se distrai com o celular ao atravessar a rua

Um em cada três pedestres se distrai na hora de atravessar a rua, inclusive cruzamentos movimentados e perigosos, porque está entretido com seus celulares. Foi o que indicou um estudo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos. Para os autores, falar ao telefone e trocar mensagens, entre outras atividades, faz com que um indivíduo se arrisque ao ignorar os semáforos, atravessar em lugar errado ou não olhar para os dois lados da via.
Resultado: 30% dos pedestres atravessam a rua distraídos com o celular. Aqueles que o fazem ao mesmo tempo em que mandam mensagem são quatro vezes mais propensos a não seguir medidas de segurança para atravessar a rua (olhar para os dois lados, atravessar na faixa de pedestre, obedecer os semáforos), além de demorarem mais para fazer o trajeto.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores passaram três meses analisando o comportamento de pedestres em 20 cruzamentos movimentados na cidade de Seattle, nos Estados Unidos. Ao todo, 1.102 pessoas de 25 a 44 anos foram observadas, sendo que a maioria (80%) estava sozinha quando atravessou a rua. Apenas um em cada quatro pedestres obedeceu todas as medidas de segurança na hora de atravessar — ou seja, obedecer aos semáforos, atravessar na faixa de pedestres e olhar para os dois lados.

Cerca de 30% das pessoas analisadas estavam mexendo no celular quando atravessaram a rua — sendo que 10% estavam ouvindo música; 7%, mandando mensagem de texto; 6% falando ao telefone; e o restante, realizando outra atividade. De maneira geral, aquelas que estavam distraídas com os celulares levaram mais tempo para atravessar a rua (até 1,3 segundo a mais).

Torpedos - Os pesquisadores concluíram que mandar mensagem de texto é a atividade mais arriscada de se fazer na hora de atravessar a rua. Pessoas que faziam isso foram as que demoraram mais tempo (18% a mais do que a média) para fazer a travessia e foram até quatro vezes mais propensas a ignorar os semáforos, atravessar em lugar errado ou deixar de olhar para os dois lados da via.

A partir dessas conclusões, publicadas nesta quarta-feira no periódico Injury Prevention, do grupo British Medical Journal (BMJ), os pesquisadores sugeriram que, assim como acontece com o álcool ao volante, sejam consideradas medidas que controlem o uso dos aparelhos móveis para pedestres.

Fonte: Veja