A pesquisa da Deloitte indica que essa questão seria alterada caso
exista uma vantagem financeira expressiva para manter o carro. Um dos
pontos favoráveis para a quebra de paradigmas seria se o preço da
gasolina aumentasse para patamar superior a R$ 4,30 por litro. A
autonomia é outro fator importante. Apesar de a maioria das pessoas
percorrerem até 40 quilômetros por dia para cumprir os compromissos de
rotina, os consumidores exigem que o carro seja capaz de rodar ao menos
80 quilômetros sem precisar recarregar a bateria. “O tempo dessa recarga
também é uma questão delicada. O ideal é que ele dure até quatro
horas”, explica Ricardo Carvalho, sócio de finanças corporativas da
consultoria.
Outro ponto importante é a infraestrutura de
reabastecimento, que precisaria de razoável aporte de investimentos para
que ela atenda a demanda.
“Notamos que o consumidor brasileiro está aberto. É questão de tempo e
de incentivos”, avalia Carvalho. Na visão dele, uma boa aposta da
indústria seria desenvolver uma bateria nacional, adequada às condições
climáticas e infraestrutura local. “Para isso, no entanto, precisamos de
isenção de impostos para componentes”, lembra.
FONTE: Car Sale